domingo, 12 de dezembro de 2010
No cenário brasileiro, em que mais de 90% das empresas são familiares, planejar a sucessão ajuda a diferenciar três núcleos de interesse: Família, empresa e patrimônio.
O café da manhã promovido na semana passada pelo escritório Marins Bertoldi Advogados Associados foi esclarecedor para vários clientes e diretores de empresas familiares. No evento, os participantes puderam aprender mais sobre os benefícios e sobre os principais instrumentos utilizados no planejamento sucessório em empresas familiares.
O advogado Marcelo Bertoldi , sócio do Marins Bertoldi Advogados Associados de Curitiba, deu início à discussão, explicando sobre os motivos para se planejar. Segundo ele, o planejamento sucessório em empresas familiares ajuda a lidar com as dificuldades de expectativas entre as gerações. Para Bertoldi, a formalidade da administração e processo deliberativo também são motivos importantes a serem discutidos no planejamento. “Relatórios gerenciais e atas de reuniões bem elaboradas geram segurança e transparência para os acionistas e todos os demais envolvidos na empresa”, disse ele na ocasião.
Outro benefício do planejamento, conforme foi explicado, é minimizar o custo, a morosidade e a insegurança do processo judicial de inventário. “Um bom planejamento diminui a insegurança relacionada com um possível processo judicial envolvendo a divisão do patrimônio e faz com que o empresário tenha condições de influenciar diretamente na divisão dos bens e atribuições de seus herdeiros”, explica.
De acordo com Manoel Júnior, da empresa Rota Oeste, o café foi oportuno e serviu para tirar dúvidas sobre o tema. “Eu participo de uma empresa familiar, então para mim foi um bom momento para aprender mais sobre o assunto”, diz. Denise Regina de Oliveira, da Temperalto, contou que já participou de outros encontros e que sempre aproveita as informações para repassar aos diretores da empresa.
Também participaram da palestra os advogados Leonardo Colognese Garcia, Daniel Caiado e Fábio Tokars, todos do mesmo escritório, e Márcio Kaiser, um dos coordenadores do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) Capítulo Paraná e consultor em governança ligado ao escritório Marins Bertoldi, que finalizou o encontro falando sobre a governança da empresa familiar e sobre a propriedade e gestão na empresa familiar moderna.