terça-feira, 6 de julho de 2010
por Marcos Assi *
Como podemos minimizar os riscos se ainda não entendemos os objetivos de compliance, controles internos e gestão de riscos? Alguns estudiosos acreditam que o profissional de compliance (ou conformidade) deve possuir formação em administração e conhecimento em governança corporativa. Mas será que é suficiente? Acredito que conhecimento de contabilidade e/ou controladoria seria um adicional fantástico para aprimorarmos os controles. Afinal, todos os fatos e registros operacionais de alguma forma se transformarão em números dentro da organização. E quem controla estes números é a controladoria.
Com a adoção das normas contábeis internacionais no Brasil, muito se tem falado sobre a busca pela conformidade com o IFRS (International Financial Report Standard) e com o CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis), mas pouco se tem criado no que tange a minimizar os riscos e aprimorar os controles internos e contábeis. A norma internacional sempre evidenciou a exposição — em inglês disclosure. Portanto, a nota explicativa é fonte importante de informação contábil e financeira.
Haja visto que a nota explicativa assume um grau de importância tão evidente, como podemos apresentar quadros de informação sem controles internos e contábeis confiáveis e tempestivos? Para isso, o profissional de compliance deve se aproximar da controladoria e buscar esta conformidade.
Outro problema tão evidente na gestão contábil é a ausência de controles para a área fiscal/tributária das empresas, pois a informação está em uma planilha ou na cabeça de quem administra o departamento. Deve-se normatizar esta área e identificar os procedimentos existentes.
Entretanto, para que o planejamento tributário funcione adequadamente, deve-se começar entendendo quais os tributos envolvidos no negócio e, se possível, não pagar indevidamente ou com multas, afinal, os tributos já oneram muito as organizações.
Muitos profissionais de compliance se preocupam com a busca da conformidade com leis e regulamentos, mas não identificam a existência de áreas na organização que possuem muita legislação e ainda não estão inseridas nas normas e procedimentos internos.
Os riscos existem e estão a nossa volta o tempo todo. Dificilmente vamos eliminá-los. Podemos é minimizá-los, mas para isso, a busca por conformidade, confiabilidade, eficiência, eficácia, governança e qualquer outro adjetivo que suporte as informações e a manutenção das organizações será bem vindo, pois a busca pela continuidade dos negócios e pela boa prática de governança corporativa deve ser inserida em todas as atividades empresariais, sejam para as pequenas, médias e grandes companhias.
O bom senso e conhecimento de negócio auxiliam na busca por esta tão falada conformidade e devemos atentar que, em muitos os casos, as regras parecem impossíveis de serem aplicadas, mas devemos avaliar até que ponto devemos colocá-las em prática sem causar danos à organização.
Ninguém está obrigado a fazer nada desde que possa justificar a sua atitude. A busca pelos controles internos e contábeis e pela gestão de riscos vai de encontro ao apetite de risco da organização e como minimizar o risco corporativo.
Portanto, minimizar riscos é conhecer, prevenir e monitorá-lo sempre que possível, pois eles não são evidenciados somente nas fraudes. Os erros e negligencia também fazem parte. É bom avaliar sempre isso.
* Marcos Assi é coordenador do MBA Gestão de Riscos e Compliance da Trevisan Escola de Negócios, professor da FIA e Saint Paul Escola de Negócios, autor do livro “Controles Internos e Cultura Organizacional – como consolidar a confiança na gestão dos negócios” (Saint Paul Editora). É também consultor de Riscos Financeiros e Compliance da Daryus Consultoria.
Com a adoção das normas contábeis internacionais no Brasil, muito se tem falado sobre a busca pela conformidade com o IFRS (International Financial Report Standard) e com o CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis), mas pouco se tem criado no que tange a minimizar os riscos e aprimorar os controles internos e contábeis. A norma internacional sempre evidenciou a exposição — em inglês disclosure. Portanto, a nota explicativa é fonte importante de informação contábil e financeira.
Haja visto que a nota explicativa assume um grau de importância tão evidente, como podemos apresentar quadros de informação sem controles internos e contábeis confiáveis e tempestivos? Para isso, o profissional de compliance deve se aproximar da controladoria e buscar esta conformidade.
Outro problema tão evidente na gestão contábil é a ausência de controles para a área fiscal/tributária das empresas, pois a informação está em uma planilha ou na cabeça de quem administra o departamento. Deve-se normatizar esta área e identificar os procedimentos existentes.
Entretanto, para que o planejamento tributário funcione adequadamente, deve-se começar entendendo quais os tributos envolvidos no negócio e, se possível, não pagar indevidamente ou com multas, afinal, os tributos já oneram muito as organizações.
Muitos profissionais de compliance se preocupam com a busca da conformidade com leis e regulamentos, mas não identificam a existência de áreas na organização que possuem muita legislação e ainda não estão inseridas nas normas e procedimentos internos.
Os riscos existem e estão a nossa volta o tempo todo. Dificilmente vamos eliminá-los. Podemos é minimizá-los, mas para isso, a busca por conformidade, confiabilidade, eficiência, eficácia, governança e qualquer outro adjetivo que suporte as informações e a manutenção das organizações será bem vindo, pois a busca pela continuidade dos negócios e pela boa prática de governança corporativa deve ser inserida em todas as atividades empresariais, sejam para as pequenas, médias e grandes companhias.
O bom senso e conhecimento de negócio auxiliam na busca por esta tão falada conformidade e devemos atentar que, em muitos os casos, as regras parecem impossíveis de serem aplicadas, mas devemos avaliar até que ponto devemos colocá-las em prática sem causar danos à organização.
Ninguém está obrigado a fazer nada desde que possa justificar a sua atitude. A busca pelos controles internos e contábeis e pela gestão de riscos vai de encontro ao apetite de risco da organização e como minimizar o risco corporativo.
Portanto, minimizar riscos é conhecer, prevenir e monitorá-lo sempre que possível, pois eles não são evidenciados somente nas fraudes. Os erros e negligencia também fazem parte. É bom avaliar sempre isso.
* Marcos Assi é coordenador do MBA Gestão de Riscos e Compliance da Trevisan Escola de Negócios, professor da FIA e Saint Paul Escola de Negócios, autor do livro “Controles Internos e Cultura Organizacional – como consolidar a confiança na gestão dos negócios” (Saint Paul Editora). É também consultor de Riscos Financeiros e Compliance da Daryus Consultoria.