Contabilidade Internacional e suas dúvidas

domingo, 11 de julho de 2010

por Marcos Assi *

Muito se tem falado sobre o assunto de harmonização contábil, IFRS, Comitê de Pronunciamentos Contábeis, lei 11.638/07, mas qual é o verdadeiro problema? Acredito que seja a ausência de cultura para o assunto, quantas são as universidades que tem como disciplina a tal contabilidade internacional?

As empresas no Brasil que são filiais ou subsidiárias de empresas do exterior já realizam à muito tempo o balanço mensal em USGAAP ou em IASGAAP, e até mesmo empresas que tem negócios no exterior necessitam preparar seus balanços conforme a regra internacional.

Então o problema não são as normas internacionais, mais sim a ausência de cultura e de conhecimento das metodologias para adequar as informações contábeis conforme o IFRS. Já fui questionado por pessoas despreparadas com a seguinte pergunta: “com o advento da contabilidade internacional, ainda necessitamos fazer a conversão do balanço?”, pela pergunta percebemos que falta muito entendimento.

Já falei sobre o valor justo, sobre as mudanças contábeis, sobre a necessidade dos profissionais de contabilidade em buscar melhor entendimento e conhecimento,mas ainda falta muita coisa para isso, portanto temos medo pois desconhecemos o que as normas solicitam.


Os créditos hipotecários, empresariais e ao consumidor geralmente são calculados pelo custo amortizado - método de avaliação de longo prazo e mais estável - pelas regras internacionais e americanas. O novo plano dos EUA exigiria que esses empréstimos sejam contabilizados pelo valor justo.


* Marcos Assi é professor da Saint Paul Escola de Negócios e coordenador e professor do MBA Gestão de Riscos e Compliance da Trevisan Escola de Negócios, e autor do livro “Controles Internos e Cultura Organizacional – como consolidar a confiança na gestão dos negócios” (Saint Paul Editora). Consultor de Riscos Financeiros e Compliance da Daryus Consultoria.