sexta-feira, 6 de março de 2009
A McAfee, empresa especializada em soluções de segurança em TI lançou recentemente o Relatório de Criminologia Virtual - Cibercrime versus Lei sobre Crimes Eletrônicos. O relatório mostra as tendências emergentes e incipientes do comportamento cibercriminoso e expõe como este se torna cada vez mais organizado, sofisticado e globalizado em sua abordagem e impacto. O estudo teve a colaboração de especialistas em cibercrime do mundo todo e foi comandado pelo Dr. Ian Brown da Oxford University Internet Institute e Lilian Edwards da Sheffield University.
No relatório são demonstradas três descobertas fundamentais:
- O cibercrime ainda não é tão prioritário para os governos;
- A execução legal das fronteiras nacionais continua sendo um grande obstáculo no combate ao cibercrime
- A execução legal em cada nível permanece limitada em sua aplicação e despreparada para o que se espera
Segundo a pesquisa, as ameaças aumentaram bastante e cada vez mais os criminosos exploram vulnerabilidades tanto de software quanto relacionados à psique humana, produzindo uma ampla variedade de ameaças, incluindo engenharia social, spyware, phishing, adware, rootkits, spam e redes de bots. Rastrear os cibercriminosos está cada vez mais difícil devido ao número de computadores sem proteção na Internet.
No relatório o Brasil é apontado como um dos três países mais infectados por máquinas zumbis e atividades de rede de bots do mundo, a Estônia é considerada um dos países da Europa mais capacitados tecnologicamente nas áreas de cibersegurança e anticiberterrorismo (ainda assim o país foi alvo de ataque ciberterrorista em 2007) e os EUA são os que gastam mais dinheiro em cibersegurança do que qualquer país do mundo, tendo o maior número de pesquisadores e equipe técnica.
Por fim, o relatório conclui que o cibercrime só poderá ser combatido se houver uma mobilização internacional e constante envolvendo a legislação, execução legal, processos e julgamentos relacionados aos crimes de informática em diversos países. Isso é o que busca a Convenção de Budapaste, primeiro tratado internacional que tenta endereçar os crimes de Internet e cibercrimes harmonizando as leis dos países signatários.
O relatório completo está disponível no site da McAfee.
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Postado por Felipe Sanches e Philipe Gaspar