sábado, 24 de janeiro de 2009
A CVM, Comissão de Valores Mobiliários, abriu uma audiência pública para discutir o projeto que propõe que as empresas associadas revelem a remuneração de seus diretores e conselheiros, discriminando os salários, os bônus e outras remunerações. Atualmente, as informações divulgadas referentes a remuneração não são segregadas e em muitas vezes são divulgados um valor absoluto que engloba o pagamento a todos os seus conselheiros e diretores, sendo chamadas por muitos especialistas como uma caixa-preta.
A Abrasca, Associação Brasileira de Companhias Abertas, é contra o projeto e afirma que o tema serve mais como curiosidade do que necessidade para os acionistas. Porém, muitos especialistas dizem que o sistema atual destina-se muito mais a esconder do que a revelar. As empresas onde os conselheiros tendem apenas a ocupar um lugar, por ser da família ou por algum outro motivo, com salários as vezes acima do mercado e das diretorias que realmente colocam a mão na massa, são as mais interessadas em manter o atual sistema de divulgação.
Em muitos países, como por exemplo nos Estados Unidos e França, as empresas são obrigadas a divulgar de maneira segregada a remuneração (x em salários, y em bônus) dos diretores e conselheiros (inclusive as grandes empresas brasileiras que fazem parte da SEC, Securities and Exchange Commission).
A proposta da CVM prevê que a partir de 2010 as empresas associadas à CVM terão que divulgar os salários, bônus, planos de opções de ações, aposentadoria e outras informações relacionadas a benefícios e remunerações para cada executivo (diretores e conselheiros) das empresas dos últimos três anos. Além disso, terão que divulgar uma previsão para o exercício corrente, a qual deverá ser divulgada no mês de abril de cada ano.
Como um dos princípios da Governança Corporativa é a transparência e a Abrasca sendo uma associação bem estruturada, que tem especificado na sua missão que as empresas modernas devem assumir a responsabilidade de se aperfeiçoar é bem provável que ela mude de idéia e concorde com o projeto da CVM.
A definição sobre o projeto será conhecida após o término da audiência pública que termina em 30/03/09.
Postado por Felipe Sanches
A Abrasca, Associação Brasileira de Companhias Abertas, é contra o projeto e afirma que o tema serve mais como curiosidade do que necessidade para os acionistas. Porém, muitos especialistas dizem que o sistema atual destina-se muito mais a esconder do que a revelar. As empresas onde os conselheiros tendem apenas a ocupar um lugar, por ser da família ou por algum outro motivo, com salários as vezes acima do mercado e das diretorias que realmente colocam a mão na massa, são as mais interessadas em manter o atual sistema de divulgação.
Em muitos países, como por exemplo nos Estados Unidos e França, as empresas são obrigadas a divulgar de maneira segregada a remuneração (x em salários, y em bônus) dos diretores e conselheiros (inclusive as grandes empresas brasileiras que fazem parte da SEC, Securities and Exchange Commission).
A proposta da CVM prevê que a partir de 2010 as empresas associadas à CVM terão que divulgar os salários, bônus, planos de opções de ações, aposentadoria e outras informações relacionadas a benefícios e remunerações para cada executivo (diretores e conselheiros) das empresas dos últimos três anos. Além disso, terão que divulgar uma previsão para o exercício corrente, a qual deverá ser divulgada no mês de abril de cada ano.
Como um dos princípios da Governança Corporativa é a transparência e a Abrasca sendo uma associação bem estruturada, que tem especificado na sua missão que as empresas modernas devem assumir a responsabilidade de se aperfeiçoar é bem provável que ela mude de idéia e concorde com o projeto da CVM.
A definição sobre o projeto será conhecida após o término da audiência pública que termina em 30/03/09.
Postado por Felipe Sanches